Artigos Publicados em Revistas Científicas

Linha de Passe: adolescência e imaginário em um filme brasileiro

Aline Vilarinho Montezi, Tomiris Forner Barcellos, Fabiana Follador e Ambrosio, Tania Maria José Aiello Vaisberg

Resumo
Este trabalho tem como objetivo estudar o imaginário social sobre adolescência, concebida como fenômeno socialmente produzido, de importantes ressonâncias emocionais. Metodologicamente, configura-se ao redor da abordagem psicanalítica da obra cinematográfica “Linha de passe”, desde uma perspectiva teórica afinada com a psicologia concreta da conduta, defendida por Bleger e Politzer. Utiliza como material uma narrativa transferencial, elaborada com base na estrita observância das regras constitutivas do método psicanalítico, tendo em vista a produção interpretativa de campos de sentido afetivo (emocional ou inconscientes relativos). Apresenta e discute a criação/encontro de três campos denominados “Temos mãe”, “Precisamos de (mais) alguém” e “Viver é lutar”, segundo os quais se organiza a experiência dos personagens adolescentes. Conclui que o filme retrata, de modo claro e preciso, um imaginário compartilhado por parte da população brasileira com acesso à produção cultural, que reconhece que o processo de tornar-se adulto seria singularmente penoso pela ausência paterna e por falta de holding social.

Palavras-chave: adolescência, imaginário, pesquisa psicanalítica, cinema, precariedade social

Como citar – How to cite this paper
Montezi, A. V., Barcellos, T. F., Ambrosio, F. F., & Vaisberg, T. M. J. A. (2013). Linha de Passe: adolescência e imaginário em um filme brasileiro. Psicologia em Revista, V.19 (1), 74-88.
http://dx.doi.org/DOI-10.5752/P.1678-9563.2013v19n1p74


 

Narrativas interativas sobre o cuidado materno e seus sentidos afetivo-emocionais

Tania Mara Granato, Tania Maria José Aiello-Vaisberg

Resumo:
Na medida em que a clínica e a pesquisa da maternidade reafirmam a importância do suporte social às mães, pretendemos investigar o imaginário de estudantes universitários sobre o cuidado materno. Partindo do pressuposto de que narramos para elaborar experiências vividas, reconhecemos no narrar um procedimento privilegiado de acesso aos sentidos afetivo-emocionais que subjazem a toda conduta humana. Elaboramos uma narrativa fictícia sobre o abandono materno para que estudantes de Educação Física e Jornalismo a completassem. Tais produções imaginativas, consideradas psicanaliticamente, apontam para uma abordagem ambígua. A mãe é responsabilizada pelo destino do filho, ainda que a compreensibilidade de sua conduta seja situada em termos do contexto social. Tal postura parece traduzir o contraste entre o pretendido tratamento ético da questão materna e as expectativas sociais em relação à figura materna, usualmente ocultas pelo discurso contemporâneo do politicamente correto.

Palavras-chave: maternidade; imaginário; narrativa; psicanálise

Como citar – How to cite this paper
Granato, T. M., & Aiello-Vaisberg, T. M. J. (2013). Narrativas interativas sobre o cuidado materno e seus sentidos afetivo-emocionais. Psicologia Clínica, 25(1), 17-35.

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